terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Tempo de poesia - Eu não quero levantar para ver o amanhã


Olá queridos leitores, estive ausente por um tempo devido problemas pessoais, mas agora estou de volta e tentarei postar com mais frequência.

O tema da poesia de hoje é a negação, o esquecimento e a falta de esperança.

Sentimentos que todos tentamos evitar, porém isso é impossível.

O melhor a se fazer, é usar as amargas experiências passadas, como uma forma de amadurecimento.

Espero que gostem...













Eu não quero levantar para ver o amanhã

Eu não quero levantar para ver o amanhã. Apenas de pensar em ver as cinzas dos meus sonhos destruídos caindo e descolorindo minha vida.

As flores todas mortas, murchas, a alma desvairada, em busca de auxílio.

Viver hoje para corrigir o erro de ontem.

Melancolia minha única amiga, venha cá, aproxime-se vamos dividir uma bebida.

Enquanto o maço de cigarros se esvazia, vai se embora a luz do dia.

Na ultima tragada, a noite se mistura com a fumaça e no céu estrela nenhuma brilha.

Em meu caminho envolto em trevas fico, nenhum astro para me guiar, desde que ela se foi para nunca mais voltar.

Sozinho em meu apartamento, a janela parece tão atraente, um pulo, sexto andar, e os problemas iriam embora.

O sono nunca chega, e na mente questionamentos surgem.

Tudo foi inútil, todos os momentos em que busquei nela meu refugio.

Todas as noites em que sua voz levava-me aos sonhos mais profundos.

Acabou.

Após horas me torturando, na tentativa de ocultar a verdade, sucumbo à dor.

Não existe “nós” quando a pergunta é amor.


Matheus Natal


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