A primeira fala sobre o infinito e findável, e como os dois coexistem, em nosso universo e em nosso âmago.
Referência
O universo, eterno.
Dentro do eterno, o fim.
Dentro do fim, o mundo.
No mundo, países.
Nos países, cidades.
Nas cidades, pessoas.
Entre as pessoas, o amor.
Entre o amor, a dor.
Na dor, o abismo.
No abismo, a escuridão.
Escuridão eterna.
No eterno, o universo.
No universo, o fim.
No fim, a solidão.
Na solidão...
Eu.
A segunda poesia fala sobre a incerteza, o receio do futuro, e o medo da solidão...
Segredos e refúgios
Em roupas alvas,
Pensamentos obscenos.
Atrás de olhos cálidos
E profundos.
Segredos e refúgios.
Movimentos sutis,
Sorriso sádico.
Mãos leves,
Interior pálido.
Em meio à névoa
Dos sonhos disformes.
Projetos e sorte.
No amargo gole de café
Felicidade mecânica.
Engrenagens soltas.
Vazia a cama.
Mente aquecida,
Vida desvalida.
Cruzando o mar,
Através das pontes queimadas
Pela incerteza e a negação.
Medo, medo de perder
A razão.
De morrer sozinho,
Sozinho, cantando para o vento.
E o vento apenas carregando o canto embora.
E junto com o canto, o vento carrega os dias, os meses, os
anos.
E o corpo, finda.
E nós, somos apenas uma fotografia
Desbotada na parede.
Uma parede infinita.
O infinito apenas para nós.
E nós, juntos, porém solitários.
Perdidos no perpétuo.
Sem sentir nada.
Nada de paixão, nada de melancolia, nada.
Nada por perto.
Apenas nós, o infinito e o incerto.
Espero que vocês apreciem ler as poesias, da mesma forma que eu aprecio escrevê-las.
Matheus Natal.
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